O dólar fechou em alta de 0,18% nesta segunda-feira (9), cotado a R$ 6,08, renovando o recorde histórico. A disparada reflete a ansiedade do mercado com as decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil, ambas previstas para quarta-feira (11). Enquanto isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a ser divulgado na terça-feira (10), também desperta atenção por projetar inflação acima da meta de 4,50% para 2024, com uma estimativa de 4,84%, segundo o Boletim Focus.
Além das taxas de juros, tensões geopolíticas no Oriente Médio e o cenário econômico global pressionam o câmbio, atingindo duramente o consumo dos brasileiros. Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que a volatilidade cambial impacta de 16% a 18% das cestas de consumo, dependendo da faixa de renda. As famílias de baixa renda são as mais penalizadas, especialmente em setores como alimentos e habitação, que pesam 37% e 21,9% nos seus gastos, respectivamente.
Apesar do recorde do dólar, o Ibovespa subiu 1,04%, aos 127.250,46 pontos, impulsionado pela valorização das ações da Vale e da Petrobras. A mineradora foi beneficiada por sinais de estímulos econômicos da China, enquanto a petrolífera registrou ganhos com a alta do petróleo após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad.
Entretanto, o impacto da alta cambial ressalta desigualdades. Famílias de baixa renda sofrem mais com a inflação em itens essenciais, enquanto as classes mais altas enfrentam perdas relacionadas a gastos no exterior e investimentos. Especialistas alertam para a necessidade de diversificação internacional de investimentos como forma de mitigar os efeitos de um cenário econômico instável.
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*Com informações Metrópoles