A reforma administrativa proposta pela prefeita Adriane Lopes (PP) está prestes a esquentar os ânimos na Câmara de Campo Grande. A proposta, que prevê a extinção da Secretaria Municipal de Juventude (Sejuv), tem gerado forte oposição, com professores, artistas e líderes juvenis organizando manifestações para esta terça-feira (10), data da votação. A situação é tensa a ponto de a prefeita correr o risco de perder apoio de vereadores de seu próprio partido, principalmente na escolha da próxima mesa diretora da Câmara.
O vereador eleito Maicon Nogueira (PP), ex-secretário de Juventude, é um dos principais críticos da reforma. Nogueira destaca que, ao retirar a Sejuv, o governo prejudica diretamente os jovens da cidade e ignora a importância de fortalecer políticas públicas para a juventude. "Não abro mão de defender os interesses da juventude. A única proposta que aceito é o fortalecimento da Sejuv. Se a proposta não contemplar os jovens, que a Câmara não vote sem antes ouvi-los", afirmou Nogueira, que também declarou que não descartaria protestos contra a votação da mesa diretora caso a reforma não seja revista.
A Sejuv foi criada em 2021 e, no ano seguinte, o Plano Municipal da Juventude foi sancionado, com a promessa de garantir políticas voltadas para o público jovem nos próximos 10 anos. A extinção da secretaria, portanto, é vista como um retrocesso, especialmente por quem acompanha de perto a realidade dos jovens campo-grandenses.
O movimento contra a reforma administrativa também conta com o apoio de lideranças políticas, como a vereadora Luiza Ribeiro (PT) e o vereador eleito Jean Ferreira (PT). Juntos, eles organizam um manifesto em defesa da criação de um fundo municipal para a juventude e pela permanência da Secretaria de Juventude, que foi amplamente respaldada pela comunidade jovem ao longo de sua existência.
A proposta de reforma, que visa reestruturar a administração pública, tem gerado divisões e promete uma sessão tensa na Câmara, com a prefeita enfrentando desafios não só da oposição, mas também de aliados dentro de seu próprio partido. A questão será, sem dúvida, um dos maiores testes para a governabilidade de Adriane Lopes no início de seu mandato.
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*Com informações Investiga MS