Política Vaga STF
Quaquá, vice-presidente do PT, sugere nome “terrivelmente evangélico” para o STF e busca aproximação de Lula com evangélicos
Deputado defende indicação de Marcos Pereira, presidente do Republicanos, como uma estratégia para estreitar laços entre o governo e o segmento evangélico
10/12/2024 10h33
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O vice-presidente nacional do PT, deputado Washington Quaquá, lançou uma proposta ousada que promete agitar os bastidores da política nacional: a indicação de um nome “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF) por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A sugestão de Quaquá foi feita durante um encontro informal com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e revela uma estratégia do governo federal de reforçar a aliança com o eleitorado evangélico, um dos mais poderosos blocos eleitorais do Brasil.

O termo "terrivelmente evangélico" ganhou destaque quando o então presidente Jair Bolsonaro indicou André Mendonça, um nome com fortes laços com o segmento religioso, para o STF. Agora, Quaquá sugere que Lula siga o mesmo caminho e escolha Marcos Pereira, deputado federal e presidente do Republicanos, partido vinculado à Igreja Universal do Reino de Deus. Pereira é uma figura de destaque na política brasileira e, segundo Quaquá, teria o perfil ideal para estreitar a relação do governo com o segmento evangélico e com a bancada aliada no Congresso.

Em conversa com a coluna, Quaquá explicou a proposta: “Defendo que Lula indique Marcos Pereira, um terrivelmente evangélico para o Supremo. Eu defendo aproximação do governo com a base do [governador do Rio de Janeiro] Cláudio Castro, que também é base federal nossa, e que tenhamos boa relação com ela. O presidente do Republicanos é respeitado no Congresso e no Supremo, tem estatura, apoio e saber jurídico. Lula daria um grande sinal pra política e de quebra para o mundo evangélico.”

Vale destacar que, embora o atual presidente não tenha mais indicações para o STF durante seu mandato, a eleição de 2026 poderia trazer novas oportunidades para reforçar sua base política, caso seja reeleito. Para o próximo mandato, Lula deverá indicar os sucessores dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia, o que abre espaço para novas articulações.

A ideia de Quaquá também se insere em um contexto mais amplo de aproximação entre o governo e a bancada evangélica, que tem se mostrado cada vez mais disposta a negociar alianças com o Palácio do Planalto. Líderes dessa ala, como o deputado Otoni de Paula, têm sinalizado a intenção de atuar como intermediários entre o governo federal e o eleitorado evangélico, buscando espaço para influenciar políticas públicas, especialmente aquelas voltadas para as camadas mais pobres da população.

A proposta de Quaquá reflete a constante movimentação política no Brasil, onde alianças e articulações com diferentes segmentos religiosos e sociais têm se mostrado cada vez mais essenciais para a construção de uma base de apoio sólida e sustentável.

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*Com informações Metrópoles