O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs um reajuste do salário mínimo para 2025, fixando o valor em R$ 1.517, o que representa um aumento de R$ 105 em relação ao atual salário mínimo de R$ 1.412. A medida foi divulgada na terça-feira (10), após a publicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro, que apresentou uma taxa de inflação acumulada de 4,84% nos últimos 12 meses.

Esse reajuste está em conformidade com a nova regra proposta pela equipe econômica do governo, que busca limitar o crescimento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação. A fórmula de cálculo, apresentada como parte da proposta do governo, considera a inflação medida pelo INPC mais um ajuste adicional de até 2,5%, visando controlar a escalada dos gastos públicos.

A metodologia para o cálculo do reajuste funciona da seguinte maneira: o salário mínimo é primeiramente corrigido pela inflação, e em seguida aplica-se a trava de 2,5% de aumento. Isso significa que, em vez de permitir uma correção total de acordo com a inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), como ocorre atualmente, o salário mínimo será reajustado de forma mais controlada.

Na fórmula em vigor, o salário mínimo é corrigido pela inflação dos 12 meses anteriores, acrescido da variação do PIB de dois anos antes, o que em 2025 significaria um reajuste de R$ 116. No entanto, com a nova proposta do governo, que visa reduzir os gastos com itens indexados, como aposentadorias e pensões, o aumento será de R$ 11 a menos do que a regra atual, totalizando R$ 1.517.

De acordo com a equipe econômica, a medida visa limitar o impacto das altas consecutivas do salário mínimo, especialmente em um cenário de crescimento de despesas com a previdência. Em levantamento realizado, foi constatado que, nos últimos 29 anos, o salário mínimo foi reajustado em 2,5% acima da inflação em 15 ocasiões, demonstrando que esse índice é recorrente, mas agora será disciplinado pela nova regra.

A proposta ainda precisa ser aprovada no Congresso Nacional, o que deverá ocorrer até o final deste ano, e sua implementação em 2025 promete gerar debates sobre os impactos sociais dessa limitação, especialmente para as classes mais vulneráveis, que dependem diretamente do reajuste para sustentar o poder de compra da população.

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*Com informações Poder 360