Polícia Prisão
Delegados e policiais estão presos por suspeita de ligação com o PCC em operação da PF e Gaeco
Operação Tácito investiga corrupção, vazamento de informações e ligação com morte de empresário
17/12/2024 08h04
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O delegado Fábio Baena e outros três policiais civis foram presos na manhã desta terça-feira (17) durante a “Operação Tácito”, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo. A ação investiga a suposta colaboração de agentes com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Os policiais foram citados em delação premiada pelo empresário Vinicius Gritzbach, executada no dia 8 de novembro no Aeroporto de Guarulhos. Antes de sua morte, Gritzbach, apontado como operador financeiro do PCC, revelou ao Ministério Público a atuação do delegado e de outros agentes em esquemas ilícitos, como venda de proteção e manipulação de investigações.

Com base nas informações, a polícia intensificou a coleta de provas após o assassinato de Gritzbach. Apesar de ainda não haver evidências diretas de que liguem os presos à execução do empresário, a investigação busca direta a possível relação dos agentes com o crime.

A Operação Tácito mobilizou 130 policiais federais e agentes da Corregedoria, que cumpriram oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. A investigação aponta que o grupo se organizou para exigir propina, vazar informações sigilosas e lavar dinheiro em benefício da facção criminosa.

Os presos podem responder por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e ocultação de capitais, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão. A defesa do delegado Fábio Baena informou que divulgará um posicionamento ainda hoje.

A operação destaca a complexidade do esquema de investigação e reforça os esforços das autoridades em combater a corrupção dentro das forças de segurança pública.

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*Com informações CNN