Política Copom
Gleisi ataca o Copom e ignora que é o PT quem governa o Brasil: A crise econômica é responsabilidade de quem?
Presidente do PT critica decisão do Banco Central sobre juros, mas partido dela segue no comando, sem soluções para a economia
17/12/2024 10h49
Por: Tatiana Lemes
Foto: Alessandro Dantas

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), não poupou críticas à ata da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que anunciou o aumento da taxa básica de juros, a Selic, de 11,25% para 12,25% ao ano. Em uma publicação nas redes sociais, Gleisi classificou o conteúdo da ata como um "tapa na cara da população", destacando a unanimidade da decisão e a previsão de mais aumentos, com a taxa podendo chegar a 14,25% até março de 2025.

A decisão, que sinaliza uma postura contracionista, foi recebida com indignação pela líder petista, que acusou o BC de agir como um agente do mercado financeiro, alheio às necessidades da população. Ela afirmou que a ata representa uma "carta de sequestro da política econômica do governo" e disparou contra os analistas que, segundo ela, falharam em suas previsões catastróficas. Gleisi sugeriu que o Brasil precisa de uma "nova política monetária" e de "novos instrumentos de avaliação" mais eficazes e realistas, livres de chantagens e oportunismos.

No entanto, enquanto a presidente do PT questiona as decisões do Copom, é importante lembrar que o partido lidera o governo federal, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando. A ideia de um Banco Central "autônomo", defendida pelo governo anterior, ainda permanece, mas o controle político do país segue sendo uma prerrogativa do PT. Essa contradição entre a crítica ao sistema monetário e o controle do partido sobre a máquina governamental levanta questionamentos sobre a real influência do PT nas políticas econômicas em vigor.

Enquanto a discussão sobre a política monetária continua, o calendário das próximas reuniões do Copom segue programado para janeiro, março, maio, junho, julho, setembro, novembro e dezembro de 2025, mantendo o tema dos juros altos como um ponto de tensão no cenário político e econômico.

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*Com informações Metrópoles