O ministro da Defesa, José Múcio, comentou a prisão do general Walter Braga Netto, ocorrida no último sábado (14), após uma operação da Polícia Federal que investiga sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado de 2022. Múcio afirmou que a situação gerou um “constrangimento ao espírito de corpo de cada força” e enfatizou a necessidade de que todos os envolvidos respondessem à Justiça. “Desejamos que todos esses povos respondam na Justiça”, disse Múcio, que também revelou ter sido informado sobre os alvos da operação apenas na manhã de sábado.

Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, foi preso por concluído tentar obstruir investigações sobre o golpe de Estado e por sua participação em ações que visavam impedir pelotão de Luiz Inácio Lula da Silva. Múcio, ao comentar a prisão, comparou a situação à de um amigo que enfrenta um processo: “Você quer que ele pague diante da lei, mas você fica constrangido, porque é um amigo.” O ministro também ressaltou que, apesar de a prisão não ter sido uma surpresa, ela mexe com os militares.

Em relação à investigação, a Polícia Federal acusa Braga Netto de envolvimento em um esquema para obstruir as investigações e ações planejadas para impedir a posse do presidente eleito, incluindo até mesmo ameaças contra a vida de Lula e seu vice, Geraldo Alckmin. A investigação também revelou que Braga Netto teria atuado para ataque militar para se unirem ao suposto golpe.

A defesa do general negou as acusações, afirmando que ele nunca se envolveu em atividades ilícitas ou obstruiu investigações. De acordo com sua defesa, as acusações são “fantasiosas e absurdas”, e garantiu que o general cooperará com devido ao processo legal.

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*Com informações R7