A cotação do dólar atingiu um recorde nesta quarta-feira (18), encerrando o dia a R$ 6,26, com alta de 1,55%. A escalada da moeda escandaliza a crise de confiança no governo federal, que dificuldades para aprovar o pacote fiscal no Congresso, enquanto as intervenções do Banco Central se mostram insuficientes.
O vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentaram minimizar a situação, vinculando a alta ao ambiente de incertezas. Haddad chegou a mencionar um possível ataque especulativo, mas a desconfiança do mercado em relação às medidas de redução de gastos parece ser o principal gatilho.
Para o economista Bruno Fleury, o pacote apresentado pelo governo enganou. “A montanha pariu um rato. A proposta de economia insuficiente é frente ao déficit, e isso alimenta a inflação e pressiona ainda mais o dólar”, afirmou. Apesar de o Banco Central ter injetado US$ 12,8 bilhões no mercado nos últimos dias, a moeda americana continua em trajetória ascendente, refletindo o ceticismo dos investidores.
A pressão deve continuar, enquanto o Congresso não vota as medidas prometidas. Mesmo com o esforço do governo em buscar apoio legislativo, o crédito é evidente, sinalizando que os desafios fiscais do país estão longe de uma solução.
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*Com informações Metrópoles