Mato Grosso do Sul Aposta
Prefeita Adriane Lopes aposta em Beto Avelar para presidência da Câmara em cenário de risco
Candidatura surge a poucos dias da eleição e enfrenta bloco majoritário de adversários
20/12/2024 10h12
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O grupo da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), tomou uma decisão estratégica, mas arriscada, ao escolher Beto Avelar (PP) como candidato à presidência da Câmara Municipal. Faltando apenas doze dias para a eleição, marcada para o dia 1º de janeiro, o movimento visa a reconquista do poder legislativo, mas pode resultar em uma derrota e instabilidade no início do novo mandato.

A reunião, que definiu a candidatura de Avelar, foi convocada pelo deputado estadual Lídio Lopes (sem partido), marido da prefeita, que não compareceu devido a uma indisposição. A escolha marca um confronto direto com os adversários Papy (PSDB) e Carlão (PSB), que já têm o apoio de 23 vereadores e apresentam uma chapa com forte respaldo político.

Atualmente, o grupo de Adriane Lopes não tem número suficiente de integrantes para registrar a chapa, que precisa de pelo menos cinco membros. Apesar disso, a expectativa é que Beto Avelar seja favorecido pela estrutura da máquina pública, o que poderia reverter o apoio de vereadores eleitos.

A disputa também reflete uma divisão interna entre os aliados da prefeita, com Carlão e Papy já reunindo 18 dos 23 vereadores que estariam fechados com a chapa opositora. Enquanto Papy e Carlão buscam manter os cargos de presidente e vice, o PP insiste em garantir um dos dois postos mais importantes, devido ao seu poder com a prefeitura e a segunda maior bancada.

Se a eleição terminar com uma vitória para a chapa de Adriane, ou até mesmo uma derrota, o impacto pode ser duradouro. A prefeita enfrenta agora o desafio de manter a governabilidade e evitar uma divisão que possa enfraquecer sua base na Câmara Municipal, o que reflete diretamente na capacidade de aprovação de suas políticas públicas.

No último mandato de Alcides Bernal (PP), a presidência da Câmara foi perdida para Mário César (MDB), após a derrota de Rose Modesto (PSDB), resultando em um processo de cassação. O risco de instabilidade e a falta de alinhamento entre os grupos já começam a desenhar um cenário de incerteza para os próximos meses.

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*Com informações Investiga MS