Analistas consultados pelo Banco Central diminuíram pela sexta semana consecutiva a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2025, agora projetando um índice de 14,75%. A revisão para cima, em relação à previsão anterior de 14%, ocorre após a recente elevação da Selic em 1 ponto percentual, que encerrou 2024 a 12,25% ao ano.
A decisão do Banco Central de continuar com os aumentos da Selic reflete a preocupação com as restrições da dinâmica inflacionária e a previsão de mais duas altas de 1 ponto percentual, em um cenário de medidas fiscais anunciadas pelo governo. Na reunião do Copom, a autoridade monetária alertou sobre o impacto de fatores como câmbio, inflação corrente e expectativas do mercado, que estão enfraquecendo os efeitos do interesse financeiro investidos para controlar a inflação.
Além disso, a pesquisa Focus revelou uma nova piora nas expectativas para a inflação, com a previsão de alta do IPCA subindo para 4,91% em 2024 e 4,84% em 2025, em comparação com as estimativas anteriores de 4,89% e 4,60%, respectivamente. Para os anos seguintes, a expectativa de inflação permanece elevada, com previsão para 2026 de 4,0%, e para 2027, subindo para 3,80%, de 3,66%.
Em um cenário de pressão fiscal e instabilidade econômica, o dólar também continua a desafiar os analistas, com a expectativa de que a moeda norte-americana chegue ao ano cotada a R$ 6, após sucessivos recordes acima desse valor. Essas declarações indicam que 2025 poderá ser um ano desafiador para a economia brasileira, com juros altos e inflação persistente, afetando tanto o poder de compra da população quanto a confiança no mercado.
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*Com informações CNN