O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (12), que o governo federal tem dados sobre quem financiou e quem participou do ataque aos Três Poderes no último domingo (8).
“O Ministério da Justiça tem dados de quem financiava ônibus, quem financiava acampamento, deslocamento. Temos dados de quem estava nos hotéis, ônibus, um processo de apuração firme das pessoas que estão detidas.”
Quando questionado sobre a possibilidade de que a intervenção federal em Brasília seja prolongada para além de 31 de janeiro, o ministro disse que a evolução da situação vai determinar se existe essa necessidade.
Padilha disse não ter acesso a informações dos nomes já identificados pela Polícia Federal (PF), mas que caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) fazer cruzamentos com o inquérito das fake news e outras investigações.
Ele disse que cabe ao Congresso discutir quais instrumentos de apuração dos fatos serão acionados, mas sente que há na casa o espírito para punição de envolvidos nos atos. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já confirmou a abertura da "CPI dos Atos Antidemocráticos" em fevereiro.
Na entrevista, o ministro também respondeu às especulações que José Múcio Monteiro, á frente do Ministério da Defesa, seria demitido e disse que “nunca existiu desconfiança de Lula em relação a Múcio”. Ele ainda acrescentou que considera Múcio “o homem certo, na hora certa, em uma tarefa árdua”.