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Auxílio Brasil: Caixa suspende consignados e perdão de dívidas
Declaração da presidente da Caixa contraria discurso do ministro Wellington Dias
13/01/2023 13h59 Atualizada há 3 anos
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"Quem já contratou, nada muda", diz Rita Serrano

Ao tomar posse, na quinta-feira 12, a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, anunciou a suspensão da concessão de novos empréstimos consignados a beneficiários do Auxílio Brasil, implementado no fim do ano passado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Rita declarou que há dois motivos para a suspensão:

  1. Revisão do cadastro de beneficiários do Auxílio Brasil pelo Ministério do Desenvolvimento Social
  2. Reavaliação da taxa de juros

Rita disse que o governo não pensa em perdoar as dívidas até agora contraídas pelos empréstimos feitos pelos beneficiários do Auxílio Brasil.

“Nós não trabalhamos com essa perspectiva, até porque, perdão dos devedores, o banco não tem como fazer isso", declara.

A afirmação contraria declaração anterior do ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, em 4 de janeiro, que o Governo Federal estudava anistiar quem tivesse dívidas de empréstimos consignados. 

Segundo Rita, a única possibilidade em discussão é tentar negociar com o governo “formatos para baixar os juros”.

Depois do anúncio de Rita, a Caixa divulgou nota informando que novas contratações do empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil estão suspensas desde quinta-feira, dia 12.

Segundo a nota, para quem já contratou, nada muda. “As parcelas serão debitadas de maneira regular e de acordo com cada contrato.”

O consignado do Auxílio Brasil tem a prestação máxima de 40% do valor do benefício social e a parcela mínima, R$ 15. O prazo do empréstimo é de até 24 meses.