O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações dos atos em Brasília, que resultaram nos ataques às sedes dos Três Poderes no último domingo (8).
Para Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, até o momento não há elementos concretos contra o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde o final de dezembro de 2022.
A investigação tenta descobrir quem são os autores intelectuais e instigadores dos atos.
Na decisão, Moraes determinou que a Meta/Facebook preservasse vídeos de Bolsonaro, inclusive os metadados “pertinentes à postagem (data, horário, IP etc.), para melhor aferir sua autoria, e, por fim, informações sobre seu alcance (número de visualizações, número de compartilhamentos e número de comentários), antes de ser apagado”.
O ministro disse, ainda que o interrogatório do ex-presidente deve ocorrer em um outro momento. “Diante das notícias de que o ex-presidente não se encontra no território brasileiro, o pedido de realização do interrogatório do representado, Jair Messias Bolsonaro, será apreciado posteriormente, no momento oportuno”.
Na sua decisão, o ministro fez a seguinte declaração: “que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil”.
Moraes ainda alertou que seguirá atuando:
“Os agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a ser portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da Democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados, pois como ensinava Winston Churchill, ‘um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado"