Uma mulher de 35 anos foi presa em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, sob suspeita de tráfico de pessoas. Ela foi encontrada mantendo 71 imigrantes bolivianos em condições desumanas em uma residência no bairro Tijuca. Entre as vítimas estavam mulheres, crianças e idosos, que haviam chegado à cidade em trânsito da Bolívia para São Paulo.
A prisão foi resultado de uma denúncia feita ao Batalhão de Choque da Polícia Militar por um homem que se apresentou como representante dos imigrantes. Ele informou que a mulher estava mantendo as vítimas em cárcere privado e exigia R$ 150 para liberar suas bagagens e permitir que deixassem o local.
No momento da abordagem policial, os agentes encontraram os imigrantes em uma situação de total descaso. Eles estavam sem acesso a água, alimentos ou condições mínimas de higiene e descanso. O local, uma casa pequena na Avenida Doutor Nasri Siufi, estava superlotado, o que agrava ainda mais as condições de vulnerabilidade das vítimas.
A mulher, identificada como responsável pelo transporte dos bolivianos, admitiu a situação, mas negou as acusações de cárcere privado. Ela alegou que o grande número de imigrantes se deu devido a um problema mecânico no ônibus que os levaria até São Paulo. Além disso, afirmou que alugou a residência para abrigar temporariamente os imigrantes e que a alimentação seria responsabilidade deles.
No entanto, a investigação revelou que a mulher possui um histórico criminal extenso, com passagens por tráfico de drogas, corrupção de menores e outros crimes.
A Polícia Militar acionou a Polícia Federal, que determinou a remoção dos bolivianos para a base da PF no Aeroporto de Campo Grande, onde serão tomadas as providências necessárias. A investigação segue em andamento, com foco em identificar uma possível rede de tráfico de pessoas e trabalho análogo à escravidão.
Este caso levanta a discussão sobre o tráfico de imigrantes e a vulnerabilidade das pessoas que se encontram em situação de irregularidade, ressaltando a importância de ações de combate a essas práticas criminosas.
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*Com informações O Buxixeiro