Na última sexta-feira (31), durante um jantar em um clube de Brasília, o presidente Lula (PT) chocou a bancada do Partido dos Trabalhadores ao afirmar que “acabou paz e amor” com os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em um discurso incisivo direcionado aos deputados petistas, Lula criticou fortemente os aliados de Bolsonaro, acusando-os de operar unicamente por meio de fake news e desinformação.
Em meio a um clima de tensão política, o líder petista convocou seus parlamentares para romper com a postura conciliatória e adotar uma postura de enfrentamento. “Não podemos mais aceitar a passividade diante de tanta manipulação e desinformação. É hora de sair às ruas e mostrar que a verdade e a justiça prevalecem”, disse Lula, instigando a bancada a se mobilizar e a agir de forma decisiva contra os grupos que considera responsáveis por tumultuar o debate público.
A declaração, proferida em meio a um jantar reservado para a bancada do PT, marca um momento de radicalização retórica e mobilização política. Ao calar de vez o “paz e amor”, o presidente do Brasil sinaliza uma nova fase de confronto ideológico e uma intensificação da polarização política que já vinha se evidenciando nos últimos meses.
A postura de Lula, ao convocar não só os deputados, mas também o povo, para descer às ruas, evidencia o seu desejo de transformar a crítica retórica em ação política concreta. Para ele, os apoiadores e aliados de Bolsonaro não passam de agentes da desinformação, responsáveis por distorcer fatos e minar a confiança da população nas instituições democráticas.
O discurso tem gerado reações diversas entre os próprios petistas, dividindo opiniões quanto à estratégia de confrontação direta e mobilização popular. Enquanto alguns veem na fala do presidente uma necessidade de retidão e de resposta firme aos ataques, outros temem que o tom beligerante possa agravar ainda mais a polarização já existente no cenário político nacional.
Com essa declaração, Lula reforça seu compromisso com uma agenda de combate à desinformação, mas também alerta para a urgência de uma mobilização que, segundo ele, é imprescindível para reverter o que chama de “jogo de fake news” que tem permeado a política brasileira. A convocação para as ruas simboliza, assim, um marco no atual clima político, onde o confronto e a ação direta ganham espaço como ferramentas para a defesa dos interesses que o presidente considera essenciais para a democracia e a verdade.
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*Com informações Folha de S.Paulo