Mato Grosso do Sul CPI
Crise no transporte público: CPI do Consórcio Guaicurus retoma esperança por justiça em Campo Grande
Após anos de promessas, vereadores avançam para investigar contratos e descaso no transporte coletivo da Capital
10/02/2025 18h50
Por: Tatiana Lemes

A Câmara Municipal de Campo Grande pode estar prestes a romper uma década de impunidade no transporte público. Nesta quinta-feira (20), os vereadores Luiza Ribeiro (PT) e Coringa (MDB) apresentarão o requerimento para a criação da CPI do Consórcio Guaicurus. A iniciativa busca investigar falhas contratuais e serviços precários que há anos impactam negativamente os usuários da Capital.

O Foco da investigação

No centro das discussões estão os contratos de longa duração firmados entre o Consórcio e o Executivo Municipal. Apesar de cláusulas que deveriam garantir melhorias no serviço, como manutenção da frota e acessibilidade, a realidade é de ônibus sucateados, superlotação e uma infraestrutura que não atende às necessidades da população.

“Há uma contradição gritante: o reajuste das tarifas é religiosamente cumprido, mas as condições de transporte só pioram. É hora de expor o que está por trás dessa falta de compromisso”, destacou a vereadora Luiza Ribeiro.

Promessa de transparência

Desta vez, a pressão popular parece ter fortalecido a posição dos parlamentares. O presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB), garantiu que dará todo o suporte necessário para que a investigação avance. Ele lembrou as diversas tentativas frustradas de abrir CPIs no passado, mas acredita que o cenário atual é diferente.

“A população está cansada de pagar caro por um serviço indigno. Precisamos de transparência e respostas sobre como esse sistema está sendo gerido”, afirmou.

Histórico de fracassos

Nos últimos 10 anos, sete propostas para investigar o Consórcio foram engavetadas, apesar de inúmeras denúncias de irregularidades. Dessa vez, com o agravamento da crise e o apoio de lideranças na Casa de Leis, há uma expectativa de que a CPI finalmente saia do papel.

Se instalada, a comissão terá a responsabilidade de expor as razões pelas quais melhorias prometidas nunca chegaram às ruas de Campo Grande e de responsabilizar tanto o Consórcio quanto a Prefeitura por anos de abandono e prejuízo aos cidadãos.

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*Com informações Midiamax