O PSDB enfrentou uma divisão interna sobre seu futuro, com uma questão crucial no jogo: como se unir a outros partidos para garantir sua política de sobrevivência? Embora todos concordem que a união seja necessária, a forma de realizá-la é um ponto de impasse, e isso pode acelerar a saída dos membros do partido.

Aécio Neves, um dos principais líderes do PSDB, mostrou-se contrário à proposta de fusão com outra legenda, afirmando que isso resultaria no desaparecimento do partido. Em entrevista à Folha de São Paulo, Aécio enfatizou que a incorporação do PSDB por outra sigla não é uma opção viável para o futuro da legenda.

Por outro lado, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, defendeu que não deve ocorrer uma incorporação, mas sim alianças com outros partidos do centro democrático. Em suas palavras, essas alianças poderiam ocorrer de diferentes maneiras, como a continuação da federação com o Cidadania, que termina em 2026, ou através da convergência de outras legendas ao PSDB.

Atualmente, o destino mais provável para o PSDB parece ser uma aliança com o PSD, liderada por Gilberto Kassab. No entanto, o presidente do PSD defende uma incorporação do PSDB, o que significa que os filiados da sigla deixariam o partido para se unirem ao PSD. Essa proposta gerou resistência entre os tucanos, pois a troca de siglas não permitiria aos deputados manter seus mandatos, o que geraria um cenário de incertezas.

No entanto, uma fusão defendida por Aécio Neves permitiria que os filiados ao PSDB se mantivessem livres para trocar de partido sem perderem os seus mandatos, uma possibilidade atraente para muitos deputados que já pensam nas próximas eleições.

Nesta quinta-feira (13), em Campo Grande, Marconi Perillo se reúne com o presidente estadual do PSDB no Estado, Eduardo Riedel, e o governador Reinaldo Azambuja, para discutir os rumores do partido. O encontro ocorre em um momento crucial, em que o PSDB busca se reposicionar após uma redução significativa de sua bancada, que já teve 99 deputados federais em 1998 e hoje conta com apenas 13.

A recente visita de Gilberto Kassab a Campo Grande, onde ele discutiu com Riedel e Azambuja a possibilidade de união entre o PSDB e o PSD, reflete a intensificação das conversas sobre o futuro do partido. Porém, dentro do próprio PSD, há resistência à fusão, com membros que não desejam alterar o nome do partido ou mudar a sua estrutura interna.

O futuro do PSDB permanece incerto, com membros observando atentamente as discussões sobre a fusão ou aliança, na expectativa de que uma definição ocorra antes das próximas eleições.

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*Com informações Investiga MS