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Estudo aponta que fatores internos são os principais responsáveis ​​pela alta dos alimentos no Brasil
Pesquisadores alertam sobre o impacto da gestão fiscal e da taxa de câmbio no aumento dos preços domésticos, criticando o governo pela falta de controle dos gastos públicos
14/02/2025 12h11
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

Um estudo do CLP (Centro de Liderança Pública) revela que o aumento dos preços dos alimentos no Brasil é em grande parte impulsionado por fatores internos, e não pela simples variação dos preços globais. A pesquisa sugere que, apesar do aumento do dólar, esses fatores externos não justificam o grande aumento observado no mercado interno, o que aponta para a necessidade urgente de controle dos gastos públicos e de uma gestão fiscal mais equilibrada.

O estudo explica que, ao contrário do governo, afirma, a valorização do dólar, embora tenha impacto, não é a causa principal da aceleração dos preços dos alimentos. Segundo os pesquisadores, a desvalorização do real, juntamente com as incertezas fiscais e a falta de estabilidade nas contas públicas, geraram pressões inflacionárias consideráveis, impactando diretamente o custo dos alimentos no Brasil. O estudo destaca que os déficits fiscais persistentes aumentam a percepção de risco e reduzem a confiança dos investidores, resultando em maior pressão cambial e encarecendo ainda mais os produtos importados.

Em meio a essas situações, o estudo propõe que políticas de transferência de renda direta para grupos mais vulneráveis ​​sejam uma alternativa mais eficaz para proteger a população contra a alta dos preços, em vez de controlar preços ou subsídios universais. Segundo a pesquisa, essas transferências permitem que o mercado reflita as reais condições de oferta e demanda, ao mesmo tempo que garante a proteção do poder de compra das camadas mais pobres da sociedade.

A análise é um duro aviso sobre a necessidade de uma gestão mais responsável pelas contas públicas, que, o CLP, desempenha um papel crucial na estabilidade econômica do país e na redução das pressões inflacionárias sobre alimentos.

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*Com informações R7