A reforma ministerial, idealizada pelo governo Lula desde 2024, começou como uma tentativa de ampliar votos e garantir apoio para as eleições de 2026. Contudo, com o desgaste crescente da imagem do presidente, registado nas principais pesquisas de opinião, o cenário virou. Agora, é o Centrão quem avalia se deve ou não entrar no governo.
Os parlamentares, antes ávidos por cargos e palavras, estão mais cautelosos. Relatos de deputados ouvidos pela reportagem indicam que, atualmente, os ministérios oferecem poucos recursos, e associar-se ao petista pode representar um risco especial. Embora o governo não tenha adotado uma postura agressiva nas negociações, as conversas, com um tom mais ameno, giraram em torno de argumentações racionais, e ainda não houve um acordo que envolvesse uma troca direta entre ministérios e apoio político.
Até o momento, a única exceção foi a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, convidada a assumir um ministério, enquanto outros contatos foram feitos por expedições do governo. Alguns partidos, como o de Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitaram ofertas de ministérios, tendo repercussões negativas, especialmente entre os fiéis da Igreja Universal, associados à sigla.
Por outro lado, o governo considera que o União Brasil tem se mostrado um bom aliado, entregando votos suficientes para fundamentação dos ministérios que ocupam. Já partidos como PSD, MDB, PP, PSB e PCdoB continuam em negociações incertas, onde o espaço político pode variar conforme o andamento das conversas. Em meio a isso, fica a questão: será que uma estratégia de ampliar a base de apoio vai, de fato, reverter a imagem desgastada de Lula? A resposta pode não ser tão simples quanto parece.
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*Com informações Poder 360