A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive uma queda vertiginosa, registrando o menor índice de aprovação de sua trajetória política. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na última semana, o apoio ao petista despencou de 35% em dezembro para apenas 24% neste mês, o que marca um dos piores momentos de sua gestão.
Em busca de reverter esse cenário a tempo das eleições de 2026, o governo federal aposta em medidas populares, como a ampliação do vale-gás e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. Contudo, as dificuldades são evidentes: a reforma da renda ainda não foi apresentada ao Congresso Nacional, e o governo enfrenta resistências para fechar as compensações fiscais necessárias para mitigar a perda de arrecadação.
Enquanto isso, o aumento nos preços dos alimentos – especialmente carnes, café e leite – tem gerado uma inflação galopante. Com a inflação alimentícia subindo de -0,5% para 8,2% entre 2023 e 2024, o governo Lula se reúne com empresários do setor para discutir soluções. Em suas falas, o presidente promete encontrar um "caminho" para a redução dos preços.
O governo também tenta aliviar a situação dos trabalhadores, desenvolvendo uma plataforma de crédito consignado via CLT, que promete juros mais baixos. No entanto, o cenário político e econômico adverso faz com que a reeleição de Lula se torne cada vez mais incerta. Pesquisa Ipec de fevereiro revela que 62% dos brasileiros consideram que o presidente não deveria concorrer novamente em 2026.
Em um esforço para melhorar sua imagem, o PT tem investido pesado na comunicação, promovendo medidas como o auxílio gás e o programa Pé-de-Meia, que visa beneficiar estudantes do ensino médio. Para intensificar essa estratégia, o partido já iniciou a troca de nomes na Secretaria de Comunicação (Secom), com a saída de Paulo Pimenta e a entrada de Sidônio Palmeira.
Com os dados de rejeição crescendo e o apoio popular diminuindo, a missão do presidente Lula de viabilizar uma possível reeleição em 2026 está longe de ser uma tarefa fácil, e o governo parece estar correndo contra o tempo.
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*Com informações Metrópoles