O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), demonstrou uma postura preocupante ao desdenhar do projeto de lei que trata da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, alegando que “não é o assunto dos brasileiros”. A declaração soa como uma tentativa de abafar um tema que representa um marco para a democracia do país, especialmente em um momento em que o Supremo Tribunal Federal avança nas denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe.
Questionado sobre o andamento das investigações e o papel do Senado, Alcolumbre se esquivou de responsabilidades, defendendo que “todo cidadão tem direito à defesa e ao contraditório” e pregando a necessidade de evitar a “polemização”. O discurso ameno, no entanto, contrasta com a gravidade das acusações e reforça críticas de que sua liderança no Senado estaria mais preocupada em manter alianças políticas do que em defender a integridade democrática.
Eleito com apoio amplo de partidos tanto da esquerda quanto da direita, incluindo PT e PL, Alcolumbre parece mais interessado em manter a paz entre as forças que o levaram ao comando do Senado do que em encarar os desafios que o cargo exige. Em um cenário onde o país busca justiça e respostas, sua postura evasiva apenas alimenta o descrédito nas instituições.
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*Com informações Metrópoles