O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a demonstrar desconexão com a realidade enfrentada pelos brasileiros ao afirmar nesta quinta-feira (20) que o governo “não consegue controlar” os preços dos alimentos “do dia para a noite”. Em entrevista à Rádio Tupi FM, Lula justificou a alta nos preços com fatores climáticos e o mercado internacional, mas evitou considerar os efeitos negativos de sua própria gestão sobre a inflação dos alimentos.

Ao ser questionado sobre itens básicos como ovos e café, o petista prometeu ações para "baixar os preços de todos os alimentos", mencionando reuniões com atacadistas e o impacto do dólar alto. No entanto, o discurso é tão vazio diante da dificuldade dos trabalhadores de colocar comida na mesa. A promessa de devolver a picanha ao prato dos brasileiros é, até agora, apenas uma retórica enquanto itens básicos seguem subindo sem controle.

A tentativa de culpar o clima por aumento contínuo, como a seca e as chuvas excessivas, além da gripe aviária em outros países, reforça uma narrativa de fuga de responsabilidade. Lula ignora que políticas econômicas frágeis, falta de incentivos à produção interna e exportações descontroladas agravaram o cenário, deixando os brasileiros à mercê de preços globais.

Ao alegar que a inflação está “razoavelmente controlada” e que a economia cresceu acima das variações, Lula pinta um quadro otimista que não condiz com a dura realidade enfrentada nos supermercados. Enquanto os trabalhadores veem o poder de compra desabar, o governo segue apostando em discursos triunfalistas, deixando claro que ponderar os erros não faz parte de sua agenda.

Essa postura não apenas distancia Lula do povo, mas também coloca em xeque sua capacidade de liderar soluções efetivas para a crise alimentar no país.Essas que parecem mais uma tentativa de complicações ocasionais, o governo se mostra incapaz de oferecer respostas eficazes para a grave situação que afeta a população, especialmente as camadas mais vulneráveis. Enquanto isso, a insegurança alimentar segue aumentando, e o futuro da gestão de Lula parece cada vez mais comprometido com a falta de soluções reais e urgentes.

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