Brasil Orçamento
Dino homologa plano polêmico para emendas: STF pode reabrir debate sobre transparência no orçamento
Decisão do ministro destrava orçamento de 2025, mas críticas e dúvidas persistem sobre medidas adotadas
26/02/2025 17h24
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou um plano que promete trazer mais transparência na destinação das emendas parlamentares, destravando temporariamente o orçamento de 2025. A decisão, emitida na noite de quarta-feira (26), reflete uma tentativa de equilíbrio entre os Três Poderes, mas não está livre de críticas.

O plano, elaborado por representantes do Executivo e do Congresso, estabelece mecanismos de rastreabilidade para as emendas, mas exclui transferências especiais — as polêmicas "emendas Pix" — e aquelas sob auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU). Dino argumentou que, embora o documento represente um avanço, o debate sobre a aplicação desses recursos está longe de ser concluído.

Tensão entre Poderes

A medida surge em meio a um histórico de desentendimentos sobre o controle das emendas. Dino já havia suspendido, no ano passado, R$ 4,2 bilhões do Orçamento destinados a comissões, criticando a falta de clareza na aplicação dos recursos. Agora, o plano homologado busca preencher essas lacunas, mas ainda mantém restrições severas, o que pode reacender as tensões entre Executivo e Legislativo.

“Esse plano é um passo para melhorar o Estado brasileiro, mas controvérsias permanecem como parte natural da democracia, desde que não degringolem para coações ou chantagens”, afirmou o ministro, enfatizando que a transparência continua sendo prioridade.

Próximos passos e dúvidas

Embora a homologação permita o avanço do orçamento de 2025, a execução das emendas ainda depende de decisões técnicas e do julgamento do Plenário do STF, que avaliará a medida em conjunto. As discussões devem considerar critérios detalhados para garantir que as emendas cumpram sua função pública de forma eficiente e ética.

A decisão de Dino, mesmo sendo um marco, não elimina a desconfiança em torno das emendas parlamentares. Sem ações concretas que unam os interesses de todos os envolvidos, a polêmica pode seguir como um obstáculo à governabilidade.

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*Com informações Metrópoles