O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, encontra-se em uma política encruzilhada. O líder estadual do PSDB, ele tentou influenciar a fusão do partido com outras legendas, mas enfrentou a possibilidade de ficar isolado, independentemente do resultado.

O dilema de Reinaldo tem como pano de fundo um acordo firmado com Jair Bolsonaro (PL), em que o ex-governador se comprometeu a migrar para o Partido Liberal (PL) e disputar uma vaga no Senado. A promessa foi intermediada pelo senador Rogério Marinho (PL) e atrelada ao apoio de Bolsonaro à candidatura de Beto Pereira (PSDB) na última eleição municipal em Campo Grande, embora o candidato tucano tenha sido derrotado.

Agora, Bolsonaro cobra o cumprimento do compromisso. No entanto, Reinaldo hesita devido ao risco de ser eliminado por parte do eleitorado e à falta de adesão dos seus aliados. Deputados federais e estaduais do PSDB, assim como o governador Eduardo Riedel, já indicaram que não pretendem seguir o ex-governador em uma eventual migração para o PL.

Para Bolsonaro, o futuro político de Reinaldo é estratégico. Caso o ex-governador descumpra a promessa, o ex-presidente poderá transferir seu apoio para Gianni Nogueira (PL), rompendo o compromisso definitivo com Reinaldo. Essa possibilidade pressiona ainda mais o tucano, que precisa decidir entre a fidelidade a Bolsonaro e a sobrevivência dentro de um PSDB em transição.

O cenário reflete a complexidade do jogo político em Mato Grosso do Sul, onde alianças e promessas pesam tanto quanto estratégias de longo prazo para garantir espaço em uma eleição cada vez mais competitiva.

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*Com informações Investiga MS