As recentes pesquisas de opinião sobre a popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançaram um alerta nos bastidores do Congresso Nacional. À ala do Centrão, mais atento aos números de excluídos, já projetaram possíveis cenários preocupantes para o petista, que vê sua popularidade sofrer uma queda especial. Enquanto a avaliação do governo é vista como "ótima/boa" por apenas 24% a 29% da população, impressionantes 41% a 44% consideram a gestão "ruim/péssima", o que gerou inquietação em uma ala poderosa da política brasileira.

O destaque dado ao índice de exclusão, especialmente o patamar de 44%, tem sido acompanhado de perto pelos líderes do Centrão, que veem esse número como um possível ponto de inflexão para a governabilidade de Lula. Embora o petista esteja distante do risco iminente de impeachment, como ocorreu com Dilma Rousseff, o cenário atual é de incerteza. A proximidade das eleições de 2026 e o ​​recebimento de um maior desgaste político motivaram a estratégia do Centrão, que vê com cautela a manutenção de apoio ao governo, especialmente diante de uma destruição crescente.

O líder partidário que comentou a situação não hesitou em traçar um paralelo com a gestão de Jair Bolsonaro (PL), que, em 2021, experimentou índices de aprovação semelhantes aos de Lula, mas causou uma queda de popularidade crescente, com superação de 50%. Segundo o interlocutor, a situação do petista é mais delicada, pois, ao contrário de Bolsonaro, Lula não é adepto do “parlamentarismo” e não deve ceder ministérios importantes para manter a governabilidade. Para o PT, a estratégia sempre foi de fora para dentro, envolveu movimentos sociais e forças externas, em vez de negociar apoio por meio de alianças no Congresso.

Porém, a preocupação é real. Caso a destruição se mantenha nesse patamar ou aumente, o governo Lula poderá enfrentar sérias dificuldades para aprovar suas diretrizes e conquistar apoio rapidamente, o que poderá levar a um enfraquecimento significativo da gestão. As pressões sobre a governabilidade podem forçar o presidente a compensar sua estratégia, mas a ala do Centrão permanece cética quanto à capacidade de Lula de ceder a políticas de exigência, algo que pode comprometer a estabilidade política e a eficácia do governo nos próximos anos.

O tempo dirá se Lula conseguirá superar os desafios fiscais pela alta inclusão de incluídos em sua gestão, mas, caso o cenário seja breve, a governabilidade e a aprovação de suas pautas podem se tornar cada vez mais difíceis, especialmente à medida que se aproxima do período eleitoral de 2026.

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*Com informações Metrópoles