Nesta sexta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Lucro Espúrio”, com o objetivo de investigar crimes de peculato e fraude em contratos administrativos na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A operação teve início após a própria universidade denunciar acusações de irregularidades em um contrato para fornecimento de refeições subsidiadas a estudantes em vulnerabilidade social.

A investigação revelou que, mesmo após o fechamento do refeitório no campus de Três Lagoas, as refeições eram registradas como entregues, indicando superfaturamento. Além disso, foi identificado que mais de 100 refeições eram simuladas diariamente através do uso de carteirinhas estudantis, o que indicava um registro falso de consumo.

A Polícia Federal cumpriu dois mandatos de busca e apreensão: um no campus da UFMS em Três Lagoas e outro na residência de um dos investigados, na mesma cidade. Durante as buscas, a polícia apreendeu computadores, aparelhos celulares e até um veículo.

O restaurante responsável pelo fornecimento das refeições é administrado pela empresa MAB LIMA & CIA LTDA, que teve seu contrato suspenso devido a compromissos de irregularidades. A Universidade, por meio da Procuradoria Federal da UFMS, comunicou o caso à Polícia Federal e à Procuradoria da República, iniciando uma investigação sigilosa sobre o possível superfaturamento.

De acordo com a Procuradoria Federal, as investigações apontam para a ocorrência de múltiplos ilícitos administrativos e criminosos, com o descumprimento do contrato administrativo, e irregularidades graves como o superfaturamento das refeições fornecidas. A UFMS já havia interditado o refeitório com base na recomendação da Procuradoria Federal.

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*Com informações Investiga MS