Política Oposição
Gleisi Hoffmann corre contra o tempo para evitar rebelião no PP após Ciro Nogueira sinalizar oposição
Ministra busca pacificar base e apaziguar tensões internas com promessas não cumpridas pelo governo
10/03/2025 10h08
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A recente declaração de Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, de que o partido deveria se tornar oposição, gerou uma onda de instabilidade no governo. Diante disso, Gleisi Hoffmann (PT-PR), prestes a assumir a Secretaria de Relações Institucionais, iniciou esforços para pacificar as lideranças do PP, com o objetivo de evitar uma ruptura mais ampla dentro da base governista.

Gleisi tem buscado conversas diretas com figuras-chave, como o líder da bancada do PP na Câmara, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), para entender as insatisfações dos deputados da sigla. A bancada do PP, composta por 50 parlamentares, tem reclamado do descumprimento de acordos firmados durante o governo anterior, comandado por Alexandre Padilha, hoje ministro da Saúde.

Entre as queixas estão o tratamento dado a figuras importantes do partido, como o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não recebeu uma vaga na Esplanada. A possibilidade de Lira assumir a Agricultura, atualmente sob o comando de Carlos Favaro (PSD), seria uma forma de acalmar os ânimos e conter a pressão interna do partido.

A ministra Gleisi Hoffmann, que agora tem a missão de manter a coesão entre os aliados para o futuro político, vai se dedicar a uma imersão junto aos partidos da base, entendendo as demandas de cada um e discutindo soluções com o presidente Lula. A tarefa de manter a unidade até 2026 é considerada um grande desafio, e a nomeação de um líder de governo com perfil mais moderado pode ser uma das estratégias para evitar mais turbulências.

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*Com informações CNN