O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi direto ao ponto ao responder, nesta segunda-feira (10), as acusações feitas pelo ex-presidente Donald Trump sobre o Brasil cobrar tarifas comerciais altas. Em declarações recentes, Trump afirmou que o Brasil estava entre os países que "roubavam" os Estados Unidos com tarifas abusivas, mas Alckmin não hesitou em defender a relação bilateral.
“O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Enquanto os EUA enfrentam um déficit comercial, o Brasil mantém uma balança superavitária com eles. Ou seja, os Estados Unidos exportam mais para o Brasil do que o contrário, o que contradiz as afirmações de Trump”, afirmou o vice-presidente.
O “tarifaço” de Trump, que entrou em vigor no início de março, visa aumentar as alíquotas para países como Canadá, México, China, Índia e Brasil. Durante seu discurso, Trump afirmou que “outros países, como a União Europeia, China, Brasil e Índia, cobravam tarifas muito mais altas que os EUA”, e fez questão de reforçar que os Estados Unidos estavam sendo "roubados" por décadas.
Diante dessa crise crescente, Alckmin enfatizou a importância do diálogo e da cooperação entre as nações. Na semana passada, o vice-presidente brasileiro se reuniu com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e com o representante comercial norte-americano, Jamieson Greer, buscando minimizar os impactos da retórica inflamada de Trump. "O comércio exterior deve ser um jogo de ganhos mútuos. O que importa é o diálogo, e é assim que vamos avançar", afirmou Alckmin.
Apesar da China ser o maior parceiro comercial do Brasil, o vice-presidente destacou que os Estados Unidos continuam sendo o maior investidor no país, o que reafirma a importância de uma relação estratégica e equilibrada. Alckmin segue confiando na capacidade do Brasil de fortalecer ainda mais os laços com os EUA, buscando alternativas para mitigar os efeitos de tarifas excessivas e garantir um comércio mais justo.
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*Com informações Metrópoles