O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, apresentado nesta quinta-feira (20) pelo senador Ângelo Coronel (PSD-BA), revela cortes significativos em áreas chave do governo. O maior impacto recai sobre o Bolsa Família, que sofrerá uma redução de R$ 7,7 bilhões. Essa medida já havia sido sinalizada pelo governo, mas gera preocupações sobre o futuro do programa social.

Além disso, o financiamento para a Implantação de Escolas em Tempo Integral será reduzido em R$ 4,8 bilhões. A justificativa apresentada pelo relator é que os recursos necessários para o projeto serão transferidos do Fundeb, garantindo que o financiamento ainda seja viável, mas com uma mudança na origem dos fundos.

Por outro lado, o relatório traz uma boa notícia: a projeção de superávit primário de R$ 15 bilhões, o que representa 0,1% do PIB. Esse valor supera a estimativa inicial do governo, que previa um superávit mais modesto de R$ 3,7 bilhões, o que se aproximava da meta de déficit zero.

A exclusão de R$ 44,1 bilhões em precatórios do cálculo da meta fiscal, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também mexe nas projeções, fazendo com que os números do orçamento se ajustem de acordo com a nova determinação judicial.

Com a votação do PLOA prevista para esta sexta-feira (21) em uma sessão conjunta no Congresso, as medidas têm gerado debates intensos sobre os cortes e suas consequências para os programas sociais e para o equilíbrio fiscal do país. O foco agora está em como o governo equilibrará as exigências fiscais e as necessidades sociais, em um cenário de desafios econômicos e políticos.

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*Com informações CNN