Política CPI
CPI do Transporte Coletivo em Campo Grande é rormada: Investigação promete agitar o setor
Comissão terá poder para avaliar contratos e fiscalizar o uso de recursos públicos no sistema de transporte da cidade
20/03/2025 10h05
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

A Câmara Municipal de Campo Grande definiu nesta quinta-feira (20) os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar as irregularidades no transporte coletivo da cidade. O vereador Dr. Lívio (União Brasil) assume a presidência, e a relatoria ficará a cargo da vereadora Ana Portela (PL). A comissão contará ainda com os vereadores Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP), configurando um time político diversificado.

A composição da CPI gerou expectativa, principalmente após o PSDB abrir mão da vaga para garantir a presença de Júnior Coringa, autor do pedido da investigação. A comissão terá como objetivo principal a apuração de três pontos centrais: o estado de conservação da frota, a gestão dos subsídios públicos repassados à concessionária e a fiscalização do cumprimento do contrato.

O prazo inicial para as investigações é de 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 60. A comissão terá acesso a documentos, poderá convocar testemunhas e investigar a fundo os contratos de transporte coletivo, uma das áreas mais criticadas pela população de Campo Grande.

A criação da CPI ocorre em meio a um crescente descontentamento popular com o sistema de transporte da cidade, que já foi alvo de inúmeras reclamações por conta de atrasos, falta de manutenção e custos elevados. A investigação deve trazer à tona questões sensíveis sobre o uso de recursos públicos e o papel da prefeitura na fiscalização da concessionária responsável pelo serviço.

Com o apoio popular, a CPI promete não apenas dar respostas sobre a qualidade do transporte, mas também abrir um novo capítulo de maior transparência e controle no uso do dinheiro público.