Inflação descontrolada castiga orçamento familiar
Os brasileiros enfrentaram uma escalada nos preços dos alimentos, que já acumularam alta de 7,10% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Em um ataque ao Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça-feira (25), a instituição reforçou que o cenário inflacionário permanece “adverso” e alertou para a possibilidade de os preços elevados se propagarem para outros setores da economia no médio prazo.
Os fatores climáticos extremos foram apontados como a principal causa do encarecimento dos alimentos. Em resposta, o governo federal isentou o imposto de importação de 11 itens essenciais, em uma medida emergencial e de caráter indeterminado. Entretanto, a pressão sobre a inflação continua sendo uma pedra no sapato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), impactando diretamente sua popularidade.
Medidas paliativas e incertezas
Enquanto o governo aposta em uma supersafra agrícola para reverter a alta dos preços, o BC alerta que as expectativas inflacionárias permanecem desancoradas. As projeções indicam que a inflação acumulada pode ultrapassar o teto da meta inflacionária por seis meses consecutivos, configurando o descumprimento do regime de metas em junho deste ano.
Para controlar a situação, o Copom sinalizou que a taxa Selic, atualmente próxima de 15% ao ano, pode continuar a subir. O aumento da taxa de juros, embora necessário para reduzir a inflação, tem o efeito colateral de onerar o crédito e desaquecer a economia, tornando-se mais difícil para as famílias manterem seu poder de compra.
A pressão sobre o poder de compra
A alta nos preços dos alimentos e outros itens essenciais está comprometendo ainda mais o orçamento das famílias brasileiras, que já enfrentam dificuldades com o custo de vida crescente. Enquanto o governo tenta controlar a inflação com medidas emergenciais, como as isenções de impostos para alguns alimentos, o impacto nas mesas dos brasileiros é imediato e profundo. Para muitos, o cenário inflacionário é um desafio constante, que afeta não apenas a alimentação, mas também a qualidade de vida da forma geral.
A incerteza sobre o futuro, com novas elevações da Selic e a manutenção de uma inflação persistente, coloca o governo de Lula em uma posição delicada, com reflexos diretos na confiança da população e nos rumores da economia brasileira.
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*Com informações Metrópoles