Na manhã desta sexta-feira (28), Ronaldo Cardoso, suplente de vereador em Campo Grande e ex-candidato pelo Podemos, foi preso no Rio Grande do Norte durante a Operação Chiusura, uma ação nacional liderada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) da Polícia Civil do Distrito Federal. A operação visa desmantelar uma facção criminosa que atua de forma coordenada em várias regiões do Brasil, incluindo o Distrito Federal, Goiás, Rondônia, Mato Grosso do Sul e o Nordeste.
Ronaldo, conhecido como Ronaldo da CAB, obteve 1.163 votos na eleição municipal de 2020, mas agora se vê envolvido em um esquema criminoso. De acordo com as investigações, ele seria parente de Thiago Gabriel Martins, um dos líderes da facção, que está preso na Bolívia desde 2023, após ser flagrado com uma aeronave carregada de cocaína e granadas.
Segundo a polícia, membros da família de Thiago Martins, como Ronaldo, seriam usados como “testas de ferro”, responsáveis por movimentar os valores provenientes do tráfico de drogas, especialmente entre o Distrito Federal e o Núcleo Nordeste da organização criminosa.
A operação, que cumpre 19 mandados de prisão e 80 de busca e apreensão, também resultou no sequestro de 17 veículos e sete imóveis, além de bloqueio de dezenas de contas bancárias envolvidas nas transações ilícitas. Em Campo Grande, os agentes cumpriram seis mandados de busca nas Moreninhas, áreas investigadas por estarem diretamente ligadas à organização.
A prisão de Ronaldo Cardoso levanta novas questões sobre a expansão e infiltração do crime organizado em esferas políticas e sociais, colocando em evidência a relação entre facções criminosas e figuras públicas. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar e prender outros membros da rede criminosa.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias.
*Com informações Investiga MS