O ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, continua preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do DF e deve prestar novo depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (23). Já que na última quarta-feira (18), Torres se manteve em silêncio em seu primeiro depoimento.
Para o novo depoimento, os advogados de Torres teriam imposto uma condição: que tivessem acesso integral aos autos do processo.
Desde a semana passada, a defesa de Torres rejeita a ideia do ex-secretário realizar uma delação premiada. “Não há a menor possibilidade de delação premiada pelo fato de que não há o que ser delatado”, afirmou o advogado Rodrigo Roca.
Como delegado da PF, Torres conta com prisão especial. No lugar de cela, o espaço usado por ele é chamado de sala de “Estado Maior”, que tem condições e segurança superiores àquelas encontradas no sistema penitenciário comum.
Para que não ocorram privilégios fora daqueles previstos em lei, o local é fiscalizado pelo Ministério Público (MP) e Vara de Execuções Penais.
Plano de Ações Integradas
Em depoimento à PF na quarta-feira (18), Fernando Oliveira, ex-secretário-executivo da Segurança Pública do DF, afirmou que, no dia 6 de outubro, Anderson Torres aprovou o plano de ações integradas que embasou o policiamento no dia 8 de janeiro.
O celular do ex-secretário-executivo também será periciado.