Em entrevista nesta segunda-feira (31), o ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, evitou confirmar qualquer compromisso formal com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para sua filiação ao PL. Azambuja, ao ser questionado sobre a alegada promessa que teria feito ao ex-presidente, preferiu destacar que recebeu um convite do PL, tanto para ele quanto para o atual governador Eduardo Riedel, com o objetivo de fortalecer o partido.
"Recebemos um convite para contribuir com o PL, tanto eu quanto o governador Riedel, para ajudar a construir o partido e fortalecer a sigla. Isso está no nosso radar, mas ainda não tiramos isso do plano", afirmou Azambuja durante a participação no programa Tribuna Livre, da FM Capital.
A especulação sobre a possível filiação de Azambuja ao PL surgiu após a negociação de apoio de Bolsonaro à candidatura de Beto Pereira (PSDB) à prefeitura de Campo Grande. Na época, o atual presidente do PL, Tenente Portela, chegou a anunciar que Azambuja assumiria a presidência do partido em 2025. Contudo, com a derrota de Beto Pereira nas eleições municipais, Azambuja recuou e busca agora reverter o acordo com Bolsonaro.
Além das discussões sobre a filiação ao PL, Azambuja também falou sobre o futuro do PSDB no estado, revelando que o partido estuda uma fusão ou federação com outras legendas. Ele destacou que tanto ele quanto Riedel devem participar ativamente dessa transição, que deve ocorrer no segundo semestre, entre junho e julho. Para Azambuja, o foco deve ser a reeleição de Riedel, e a adaptação do partido ao novo cenário político é uma prioridade.
Em relação às suas próprias ambições políticas, Azambuja revelou que só tomará uma decisão definitiva sobre sua candidatura em 2024, deixando claro que uma possível candidatura não está descartada. Além disso, ele admitiu que tanto ele quanto Riedel poderão se filiar a partidos diferentes, embora permaneçam alinhados em termos de projeto político.
"Vamos tomar essa decisão em conjunto, mas não necessariamente no mesmo partido", explicou Azambuja, deixando claro que o planejamento político para os próximos anos será estratégico e flexível.
Com o cenário político em Mato Grosso do Sul ainda em transformação, as negociações envolvendo o PSDB, o PL e outros partidos do estado seguem em aberto, enquanto Azambuja e Riedel discutem os melhores caminhos para fortalecer suas bases e garantir a continuidade de seus projetos eleitorais.
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*Com informações Investiga MS