A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou duramente, nesta terça-feira (1º), as pressões da oposição para acelerar a votação do Projeto de Lei da Anistia, que beneficia os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Segundo Gleisi, a proposta tem como único objetivo livrar Jair Bolsonaro (PL) das consequências jurídicas da acusação de tentativa de golpe de Estado.

“Os interesses pessoais de Jair Bolsonaro não podem ser colocados acima dos interesses do país”, afirmou a ministra em suas redes sociais, reforçando que a pressa na tramitação da anistia é uma tentativa indevida de interferência no Judiciário.

A oposição, por sua vez, já calcula mais de 300 votos favoráveis à proposta na Câmara dos Deputados, número suficiente para aprová-la com folga. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), busca um acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para garantir que o projeto entre em pauta o mais rápido possível.

Gleisi rebateu, alegando que há pautas mais urgentes para o Congresso, como a redução do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a PEC da Segurança Pública. Além disso, a ministra considerou o projeto uma “afronta ao Judiciário”, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não concluiu os julgamentos sobre os atos de 8 de Janeiro.

Com o embate entre governo e oposição se intensificando, a votação do PL da Anistia promete ser um novo campo de batalha política, com Bolsonaro e seus aliados buscando apoio para garantir sua aprovação, enquanto o Planalto tenta barrar qualquer avanço da proposta.

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*Com informações Metrópoles