Justiça Multa
Juiz condena políticos e empresários a multa de R$ 1,75 milhão por trama contra Alcides Bernal
Condenações expõem esquema de manipulação política e improbidade administrativa em Campo Grande
03/04/2025 10h38
Por: Tatiana Lemes
Foto: Reprodução

O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, sentenciou uma série de políticos e empresários ao pagamento de R$ 1.750.000,00 em danos coletivos por sua participação na trama que levou à cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). A decisão expõe um esquema de manipulação do processo democrático para beneficiar interesses privados.

Entre os condenados estão os ex-vereadores Edil Afonso Albuquerque, Jamal Mohamed Salem, José Airton Saraiva, Paulo Siufi Neto e o espólio de José Alceu Padilha Bueno. Eles foram penalizados individualmente em R$ 150.000,00, pois ficou comprovado que receberam vantagens indevidas para votar favoravelmente à cassação de Bernal. Segundo a sentença, o grupo desvirtuou institutos democráticos e violou a confiança da população.

Já Mário César Oliveira da Fonseca, ex-vereador e lobista, foi multado em R$ 200.000,00 por arquitetar as negociações para destituir Bernal do cargo, favorecendo interesses particulares. Carlos Eduardo Belineti Naegele, por sua vez, recebeu uma multa de R$ 100.000,00 por manipular a opinião pública por meio da mídia, coagindo parlamentares a apoiar a destituição.

O ex-secretário André Luiz Scaff também foi condenado ao pagamento de R$ 100.000,00 por atuar na Prefeitura de Campo Grande garantindo contratos fraudulentos que beneficiavam o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos e João Roberto Baird. Ambos, ao lado de Gilmar Antunes Olarte, foram considerados os principais articuladores da trama, garantindo nomeações e vantagens indevidas. Devido à gravidade das infrações, cada um recebeu multa de R$ 250.000,00.

Além das penalizações financeiras, os envolvidos sofreram sanções que incluem a suspensão dos direitos políticos por até 10 anos e a proibição de contratar com o poder público. As decisões reforçam o caráter pedagógico das punições, buscando evitar novas manipulações políticas e o uso indevido do poder público em Campo Grande.

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*Com informações Investiga MS