Em meio às movimentações que devem redesenhar o cenário político para 2026, o governador Eduardo Riedel (PSDB) protagonizou um encontro discreto, mas estratégico, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A reunião, mantida fora da agenda oficial, ocorreu dias antes do tucano participar de uma conversa decisiva com a cúpula nacional do PSDB sobre os rumos da sigla.
O gesto de Riedel foi interpretado nos bastidores como um sinal de cautela e cálculo político. Ciente da crescente influência de Tarcísio — que também é cotado para a disputa presidencial —, Riedel quis ouvir pessoalmente do paulista quais são seus planos. E ouviu de Tarcísio a garantia de que não trocará o Republicanos pelo PL, partido de Jair Bolsonaro.
O posicionamento do governador paulista serviu de impulso para que Riedel, durante a reunião com os líderes nacionais do PSDB, defendesse uma aproximação formal entre os tucanos e o Republicanos. A aliança, segundo aliados, poderia ser estratégica para a formação de uma frente de centro-direita mais robusta.
Diferente do ex-governador Reinaldo Azambuja, que já sinalizou a intenção de migrar para o PL em acordo com Bolsonaro, Riedel ainda mantém cautela. Sem ter feito promessas ao ex-presidente, ele mantém liberdade para avaliar o melhor caminho — o que inclui convites públicos feitos tanto pelo PSD de Gilberto Kassab quanto pelo PP, da senadora Tereza Cristina.
Com mandato majoritário, Riedel pode trocar de partido sem risco de perda do cargo. A decisão, porém, tem peso maior do que apenas o destino pessoal: deputados estaduais, federais e futuros candidatos aguardam seu movimento para definir suas próprias filiações. Embora o prazo legal vá até abril de 2026, nos bastidores há expectativa de que Riedel e Azambuja anunciem seus destinos ainda neste semestre.
Enquanto isso, o jogo segue sendo jogado — em silêncio, nos bastidores e com peças se movendo com cautela.
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*Com informações Investiga MS