O governo federal e o governo do Distrito Federal decidiram anunciar na próxima quarta-feira, o novo secretário de Segurança Pública de Brasília.
O nome ainda não foi escolhido porque falta o aval de Luiz Inácio Lula da Silva e do Supremo Tribunal Federal, pois a exigência é que se comprometa com rigor nas investigações, inclusive de policiais, envolvidos nos atos de 8 de janeiro, embora Lula seja contra a CPI.
A governadora em exercício de Brasília, Celina Leão, e o ministro da Justiça, Flávio Dino, conversaram na segunda-feira (23) sobre três nomes de delegados da PF que poderiam assumir a missão:
Avelar, esteve no comando da secretaria durante o governo petista de Agnelo Queiroz e mais recentemente foi número dois da PF, durante o governo de Jair Bolsonaro.
A experiência na máquina pública lhe dá vantagem na disputa, além de ser velho conhecido da política em Brasília. Esteve no comando da segurança de Brasília nos protestos de 2013 e nos eventos da Copa do Mundo de 2014.
O ex-secretário esteve na tarde de segunda-feira com Celina Leão, no Palácio do Buriti, sede do governo local. Ela também conversou por telefone com os outros cotados e, segundo interlocutores, tem dito que a escolha não está definida.
O objetivo de anunciar o nome na quarta-feira é permitir que o novo secretário tenha tempo de estar por dentro do esquema de segurança que será adotado no dia da posse do novo Congresso, 1º de fevereiro.
Intervenção Federal em Brasília
A Intervenção Federal em Brasília acaba no dia 31 de janeiro. Apesar disso, o interventor Ricardo Cappelli continuará auxiliando no plano de segurança no dia seguinte, quando a circulação de pessoas no centro de Brasília volta a aumentar, devido ao retorno de deputados e senadores ao trabalho.