Uma falha grave na segurança digital da Prefeitura de Campo Grande resultou no vazamento de dados sensíveis de alunos da rede municipal de ensino, colocando em xeque a proteção da informação pública. O responsável pelo ataque, um hacker de apenas 18 anos, foi preso nesta sexta-feira (11) em Itajobi, São Paulo, a 671 km da capital sul-mato-grossense.
Com o pseudônimo de “ciberjusticeiro”, o jovem ganhou notoriedade ao divulgar nas redes sociais o método usado para invadir os sistemas municipais. Ele chegou a ridicularizar as senhas simples utilizadas, como "123456", expondo a fragilidade das barreiras de proteção. Não satisfeito, compartilhou dados sigilosos com jornalistas e órgãos públicos, além de exigir reconhecimento por parte da Agência Municipal de Tecnologia da Informação (Agetec).
A Operação Rota 443, comandada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), revelou que o hacker utilizou um vírus desenvolvido por ele mesmo para acessar mais de uma década de registros. As informações obtidas incluíam detalhes pessoais de alunos, professores e escolas. Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, a ação causou uma grave violação à privacidade.
“Ele não só acessou os dados de maneira criminosa, mas também tentou usá-los como ferramenta de barganha, algo inaceitável. Qualquer forma de invasão é crime e será tratada com o rigor necessário”, pontuou a delegada.
O secretário de Educação, Lucas Bitencourt, tentou minimizar os impactos, afirmando que as autoridades agiram rapidamente para conter a situação. No entanto, o episódio expõe a necessidade urgente de modernizar a segurança cibernética na administração pública.
O nome da operação faz alusão à porta segura usada em conexões criptografadas na internet, destacando o caminho digital sofisticado utilizado pelo jovem para ocultar sua identidade. Enquanto as investigações continuam, o incidente deixa um alerta para os perigos do despreparo tecnológico frente à crescente ameaça dos crimes digitais.
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*Com informações Midiamax