O governo federal está prestes a apertar o cerco contra parlamentares que não demonstram lealdade às pautas governistas. Em maio, o Palácio do Planalto dará início a um pente-fino em cargos estratégicos na Esplanada dos Ministérios, ocupados por indicação política de deputados e senadores. A medida é parte de uma ofensiva para consolidar apoio às propostas centrais da gestão Lula, incluindo a reformulação do Imposto de Renda e a PEC da Segurança Pública.
Nos corredores do poder, o movimento é interpretado como uma tentativa de disciplinar a base aliada e expor a infidelidade de partidos como PP e União Brasil, que acumulam cargos, mas não garantem votos nas pautas de interesse do governo. O descontentamento no Planalto é latente, especialmente ao ver congressistas alinhados com a oposição manterem aliados nomeados em postos estratégicos, enquanto parlamentares fiéis seguem de mãos vazias.
Apesar de assessores do presidente Lula negarem um viés punitivo na ação, o discurso oficial ressalta a necessidade de "compromisso com o projeto governista" por parte daqueles que ocupam cargos públicos. Contudo, nos bastidores, a análise é vista como uma jogada política para fortalecer a articulação e estreitar o cerco contra a resistência parlamentar.
Esse gesto do governo promete tensionar ainda mais as relações entre o Executivo e o Legislativo. Enquanto os parlamentares do centrão pressionam por maior participação, o Planalto parece decidido a usar a máquina pública como moeda de troca, ampliando o controle sobre a base e isolando os traidores.
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*Com informações CNN