O Pantanal, maior planície alagável do mundo e patrimônio natural de Mato Grosso do Sul, recebe atenção especial por meio da Operação Pantanal 2025. A iniciativa do Governo Estadual reforça o combate a incêndios florestais com a instalação de bases avançadas em áreas remotas, treinamento especializado para bombeiros e uso de tecnologias modernas.

Desde o ano passado, 11 bases avançadas foram implementadas como parte do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo. Um exemplo emblemático é a base da Serra do Amolar, localizada às margens do Rio Paraguai, que trouxe não apenas agilidade no controle de incêndios, mas também transformou a relação dos bombeiros com a comunidade local.

Para Íris de Souza, moradora da Barra do São Lourenço, a presença dos bombeiros é motivo de tranquilidade. “Eu me sinto maravilhada. Eles ajudam no que podem, e nós também ajudamos no que conseguimos”, conta. A interação vai além do combate ao fogo, abrangendo ações comunitárias, como o apoio no corte de lenha e ajuda em emergências.

A base da Serra do Amolar foi decisiva no controle de um grande incêndio em 2024, quando as equipes agiram rapidamente, evitando que as chamas consumissem uma área estimada em mais de 200 hectares. “Reduzir o tempo de resposta faz toda a diferença. Em vez de 7 a 8 horas de deslocamento, agora conseguimos agir em 3 a 4 horas”, explica o major Eduardo Teixeira, subdiretor da Diretoria de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros.

Além do impacto ambiental, a operação fortalece a convivência com as comunidades locais. Professores e alunos da Escola Rural São Lourenço destacam a importância dessa proximidade. “Os bombeiros nos ajudam a lidar com as situações de incêndio e nos ensinam como agir. É algo que valoriza a nossa vivência aqui”, afirma o professor Emílio Moraes.

Com bases estrategicamente posicionadas e estrutura adequada, como geradores, locais para manutenção de drones e equipamentos, a Operação Pantanal 2025 busca proteger o bioma e reforçar os laços entre as forças de combate e os moradores do Pantanal. A previsão é que as ações intensifiquem a preservação da biodiversidade, trazendo mais segurança e esperança para a região.

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