O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse na terça-feira (24), que se depender dele, o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), vai terminar. Destacou que os contratos vigentes serão analisados caso a caso.
Marinho disse que vai propor ao Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) a suspensão do saque a partir de março. O assunto será discutido pelo colegiado, presidido pelo ministro, em reunião marcada para o dia 21 de março.
A declaração foi dada após a cerimônia em comemoração aos 100 anos da Previdência Social, em Brasília.
Para o ministro, a criação do saque-aniversário trouxe problemas, como o enfraquecimento do fundo de investimentos para gerar empregos.
“Não podemos iludir os trabalhadores induzindo ele a sacar no aniversário. É preciso que o objetivo do fundo seja preservado, que é para sacar quando tem o infortuno do desemprego”, mas enquanto o cidadão não utiliza, a reserva fica em fundo de rendimento para o Governo.
Governo Bolsonaro
A modalidade opcional foi criada pelo Governo Bolsonaro, como forma de ajudar ao cidadão a estabilizar a sua vida financeira, além de aquecer a economia do país.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, o serviço permite o trabalhador sacar, anualmente, no seu mês de seu aniversário, parte da saldo do FGTS.
Salário mínimo
Referente às incertezas do aumento do salário mínimo, o ministro disse que já foi criado um grupo de trabalho envolvendo vários ministérios, centrais sindicais e especialistas, que estão trabalhando na retomada de uma política de valorização permanente da remuneração.
“Esse grupo vai analisar o futuro e, se for contado que há espaço fiscal para mudança deste valor a partir de maio, nós o faremos”, afirmou.