A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na terça-feira (22) o uso do Kisunla, o primeiro medicamento no Brasil indicado para tratar comprometimento cognitivo leve e demência inicial associados ao Alzheimer. Fabricado pelo laboratório Eli Lilly, o remédio tem como princípio ativo o donanemabe, um anticorpo monoclonal que reduz placas de beta-amiloide no cérebro, retardando a progressão da doença.
Nos Estados Unidos, o tratamento custa até US$ 32 mil por ano (cerca de R$ 183 mil na cotação atual). Apesar da aprovação, a comunidade médica segue dividida. Alguns especialistas questionam a correlação entre a remoção das placas e a resposta clínica, enquanto outros destacam que a desaceleração do declínio pode ser significativa para os pacientes.
A eficácia do medicamento foi avaliada em um estudo clínico com 1.736 pacientes, que apontou progressão menor da doença nos tratados com donanemabe em comparação ao placebo. Contudo, limitações como a curta duração do estudo e a falta de diversidade racial entre os participantes geram debates sobre os resultados.
O Alzheimer, doença neurodegenerativa e incurável, é a principal causa de demência entre idosos. Com a aprovação, a Anvisa se comprometeu a monitorar rigorosamente a segurança e a efetividade do Kisunla, que representa uma nova possibilidade de tratamento, ainda que envolta em desafios científicos e econômicos.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informações Poder 360