O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), endureceu o tom contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao cobrar celeridade na análise do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Em discurso incisivo, Cavalcante declarou que “tudo na política tem limite” e que “o tempo agora acabou”.

A pressão pública acontece após o requerimento de urgência do projeto ter obtido 257 assinaturas, superando a maioria absoluta necessária. No entanto, o avanço da pauta depende da decisão de Motta em incluir o tema na reunião de líderes, etapa essencial para que o plenário discuta o mérito.

“O PL não aceitará que o limite do respeito político seja ultrapassado. Se amanhã esse requerimento não for incluído na pauta, interpretaremos como um gesto de desconsideração com os primeiros aliados de Hugo Motta”, afirmou Cavalcante, indicando uma possível ruptura entre o partido e a presidência da Casa.

Apesar do apoio formal registrado, a urgência do projeto ainda é incerta, já que a decisão final de pauta está nas mãos de Motta. O embate reflete o crescente tensionamento político em torno da anistia, que divide opiniões tanto no Congresso quanto na sociedade.

O desfecho desse impasse pode determinar os rumos da articulação política entre aliados e opositores do governo no Legislativo, evidenciando o peso do 8 de janeiro como um divisor de águas no cenário político nacional.

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*Com informaçõpes Metrópoles