Campo Grande poderá contar com o apoio financeiro do Governo Federal para ampliar a assistência hospitalar destinada a crianças, em resposta à alta incidência de doenças respiratórias, principalmente entre os pequenos. A medida faz parte de um pacote de incentivo financeiro publicado recentemente pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de reforçar a infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar a oferta de leitos pediátricos.

A portaria n° 6.914, publicada no Diário Oficial, estabelece um incentivo de custeio para a Atenção de Média e Alta Complexidade no SUS, com um montante global de R$ 100 milhões. Esse valor será destinado, entre outras ações, à abertura de novos leitos pediátricos, essenciais para o enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que tem afetado intensamente a população infantil.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, aproximadamente 250 pessoas, sendo 40 crianças, estão aguardando vaga em hospitais da cidade. O cenário atual é preocupante, pois a predominância do vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças pequenas, somada ao aumento de infecções por influenza e covid-19, intensifica a demanda por atendimento médico especializado.

Em 2025, o boletim Infogripe da Fiocruz notificou 45.228 casos de SRAG no país, com 42,9% dos casos sendo positivos para vírus respiratórios. O VSR foi responsável por 38,4% desses casos, evidenciando a urgência da situação, especialmente entre as crianças.

Para combater essa crise, o Ministério da Saúde promove o Dia D de vacinação contra a gripe, marcado para o dia 10 de maio. A vacinação é considerada a principal estratégia para reduzir em até 60% os casos graves e óbitos relacionados à gripe. Em Campo Grande, a vacina contra a gripe está disponível para toda a população nas 64 unidades de saúde da cidade.

Vale destacar que o déficit de leitos pediátricos em Campo Grande levou à declaração de situação de emergência na saúde, em abril de 2024. Além disso, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde, Mato Grosso do Sul já registrou 1.940 hospitalizações por SRAG neste ano e 27 mortes, evidenciando a gravidade da situação.

Embora a demanda crescente por leitos pediátricos não seja atendida pela rede privada, que também enfrenta limitações, os esforços para ampliar a oferta de serviços de saúde para crianças contam com a colaboração do Governo Federal e da mobilização local, buscando minimizar os impactos dessa grave crise sanitária.

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*Com informações Midiamax