As negociações entre PSDB e Podemos em Mato Grosso do Sul seguem envoltas em desconfiança e incertezas. Embora as direções nacionais das siglas tenham aprovado a união, resta definir se será uma fusão, com a criação de uma nova identidade partidária, ou uma simples incorporação, na qual o Podemos desapareceria e seus filiados seriam absorvidos pelo PSDB.
Internamente, lideranças tucanas apontam que a incorporação seria uma estratégia para conter uma debandada de filiados. Com essa medida, membros do PSDB não poderiam deixar o partido sem janela partidária. No entanto, filiados ao Podemos teriam 30 dias para decidir permanecer ou migrar para outra sigla.
Apesar das declarações públicas de apoio à fusão, lideranças do PSDB em Mato Grosso do Sul, incluindo vereadores e membros da executiva estadual, ainda duvidam que o Podemos aceite o desaparecimento completo. Muitos preferem “ver para crer” antes de celebrar o acordo, previsto para ser fechado no início do próximo mês.
Caso a incorporação seja confirmada, a união entre as legendas deve abrir caminho para uma possível federação com o Republicanos, estratégia que, segundo lideranças tucanas, seria crucial para fortalecer o partido e assegurar a permanência do governador Eduardo Riedel (PSDB) como uma figura de destaque, já que ele é o único governador tucano no Brasil.
Por outro lado, o ceticismo é grande entre os filiados do PSDB, especialmente em Mato Grosso do Sul. Alguns defendem que a fusão seria vantajosa, permitindo a saída dos membros sem perda de mandato. Vereadores tucanos da Capital, por exemplo, veem a oportunidade de escolherem siglas com maior potencial eleitoral para as eleições de 2026, especialmente os que pretendem disputar vagas de deputado.
A indefinição deixa no ar o futuro do PSDB no estado. Se a fusão com o Podemos se concretizar, parte dos analistas políticos acredita que o maior partido do Mato Grosso do Sul pode, paradoxalmente, desaparecer, à medida que filiados busquem novos caminhos.
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*Com informações Investiga MS