Mato Grosso do Sul CPI Transportes
Falhas no transporte coletivo: Consórcio Guaicurus na mira da CPI
Infrações acumuladas e contrato desatualizado expõem fragilidades do sistema
13/05/2025 08h26
Por: Tatiana Lemes
Foto: Izaias Medeiros

O transporte coletivo de Campo Grande enfrenta um cenário de sérias irregularidades, conforme apurado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal. Dados apresentados nesta segunda-feira (12) mostram que, em 2025, o Consórcio Guaicurus, responsável pelo serviço, soma 1.726 infrações, revelando atrasos, falhas operacionais e um sistema carente de modernização.

Entre as principais violações registradas, destacam-se atrasos (592 casos), ausência de ônibus em terminais (178 chegadas e 164 partidas) e descumprimento de tabelas de horários. A falta de veículos reserva, registrada em 110 ocasiões, também compromete a qualidade do serviço.

Quando o ônibus não chega ou não sai do terminal, a operação deixa de cumprir sua função básica”, explicou Henrique de Matos, chefe de auditoria da Agetran, ao detalhar as infrações.

Contrato ultrapassado e divergências internas

O presidente da CPI, vereador Dr. Lívio (União), afirmou que o contrato firmado entre a prefeitura e o consórcio tornou-se obsoleto e precisa de reformulação urgente. Ele ressaltou, porém, que a falta de integração entre os órgãos de controle municipais, como a Agetran e a Agereg, tem dificultado uma cobrança mais eficaz.

Os relatórios de desempenho não refletem a realidade do transporte. Precisamos alinhar os critérios de fiscalização e melhorar os mecanismos de cobrança”, enfatizou o vereador.

Um exemplo das divergências apontadas pela CPI está na definição de prazo de uso dos veículos: enquanto a Agetran aceita até 10 anos, a Agereg estabelece um limite de 8 anos, resultando em ônibus em circulação fora dos padrões ideais.

Soluções aguardam perícia judicial

Outro ponto crítico é a alegação do Consórcio Guaicurus de operar com prejuízo, o que motivou um pedido de revisão contratual. A CPI aguarda a conclusão de uma perícia judicial contábil para verificar a real situação financeira do consórcio.

Com esses dados, será possível cobrar melhorias ou buscar apoio estadual e federal para equilibrar o sistema”, disse Dr. Lívio.

As investigações continuam nesta quarta-feira (14), com depoimentos do diretor atual da Agetran, Paulo da Silva, e ex-dirigentes de órgãos reguladores. A CPI busca construir um diagnóstico completo para solucionar os problemas que afetam o transporte coletivo da Capital.

Agora o texto está reestruturado com uma abordagem mais fluida e com uma organização distinta do conteúdo original.

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*Com informações Investiga MS