A possível saída do governador Eduardo Riedel do PSDB, junto ao ex-governador Reinaldo Azambuja, pode desencadear uma debandada no partido em Mato Grosso do Sul. Com a migração de 44 prefeitos e três deputados federais – Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende –, o PSDB corre o risco de perder relevância no Estado, mesmo após a fusão com o Podemos.
Apesar de a fusão ser vista como uma tentativa de fortalecer a legenda nacionalmente, a união não resolve problemas estruturais, como a falta de um Fundo Eleitoral competitivo para as eleições gerais. A esperança de que o novo partido formasse uma federação com o Republicanos foi descartada pelo presidente nacional da sigla, Marcos Pereira, agravando a incerteza quanto ao futuro.
Os três deputados federais do PSDB em Mato Grosso do Sul já demonstraram alinhamento total com Riedel e Azambuja. Beto Pereira afirmou que permanecerá no partido apenas até que uma janela de transferência seja aberta. "Minha decisão será de total alinhamento com o ex-governador e o governador", declarou.
Dagoberto Nogueira também condicionou sua permanência ao rumo que as lideranças estaduais decidirem tomar. "Esperava que houvesse uma federação com o Republicanos, mas a possibilidade foi descartada. Estou alinhado com Riedel e Azambuja", afirmou.
Geraldo Resende, por sua vez, defende que a decisão final seja tomada de forma coletiva, envolvendo prefeitos e parlamentares estaduais. "Precisamos discutir o futuro do partido em grupo, mas estou 100% alinhado com o governador e o ex-governador", declarou.
A fusão PSDB-Podemos e a recém-anunciada federação União Brasil-PP fazem parte de um movimento de redução do número de partidos no Brasil. De um pico de 35 legendas em 2015, o número pode cair para 24 com as novas uniões.
A cláusula de barreira, que se tornará mais rigorosa em 2026 e atingirá seu ápice em 2030, é o principal fator por trás das mudanças. Pequenas legendas e partidos nanicos enfrentam desaparecimento iminente, a menos que o Congresso revise as regras.
Embora as fusões ainda precisem da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já provocam reconfigurações no cenário político e eleitoral, especialmente em Mato Grosso do Sul, onde o PSDB pode sofrer um golpe significativo com a saída de suas principais lideranças.
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*Com informações Correio do Estado