A crise financeira e a superlotação da Santa Casa de Campo Grande serão discutidas em Audiência Pública nesta quarta-feira (14), às 9h, na Câmara Municipal. O objetivo é apresentar um panorama da situação atual do hospital e buscar soluções para os problemas enfrentados pela instituição, que, no último fim de semana, precisou suspender os atendimentos por falta de insumos e devido à sobrecarga no atendimento.
A audiência foi proposta pelo vereador André Salineiro (PL), presidente da Comissão Permanente de Controle de Eficácia Legislativa. A comissão é composta pelos vereadores Júnior Coringa (MDB), Delei Pinheiro (União Progressista), Jean Ferreira (PT) e Silvio Pitu (PSDB). O evento deve reunir representantes da Santa Casa, da Prefeitura de Campo Grande, do Governo do Estado, sindicatos, profissionais da saúde e outros órgãos responsáveis, com o objetivo de encontrar soluções para garantir a continuidade do atendimento à população.
Na sexta-feira (10), a Santa Casa anunciou a suspensão temporária dos atendimentos no Pronto Atendimento Adulto e Infantil, devido à falta de insumos no centro cirúrgico, o que comprometeu a realização de procedimentos. A instituição enfrenta sérias dificuldades financeiras, e a direção alega que os repasses públicos não têm acompanhado o aumento dos custos com atendimentos. Recentemente, os diretores do hospital estiveram na presidência da Câmara para lançar a campanha "Juntos Pela Vida – Sua Contribuição Salva!", com o objetivo de arrecadar recursos para a reforma do pronto-socorro.
A direção da Santa Casa justifica a suspensão dos atendimentos como uma medida de responsabilidade ética e legal. De acordo com a instituição, é obrigação zelar pelas condições adequadas, seguras e humanizadas de atendimento, sendo necessária a intervenção, como a suspensão temporária, quando essas condições estão ameaçadas.
Durante a suspensão, a Santa Casa manterá o atendimento de emergência para casos de neurocirurgia e infarto agudo do miocárdio com supra de ST para o público adulto. Para o público infantil, o atendimento de emergência também será mantido para casos de neurocirurgia e suspeitas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dado o aumento de casos respiratórios em Campo Grande nas últimas semanas.
A audiência pública será um momento crucial para discutir alternativas e encontrar soluções que permitam o retorno dos atendimentos e a estabilização da saúde financeira do hospital, garantindo a continuidade dos serviços essenciais à população de Campo Grande.
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