O MDB pode voltar a ter papel decisivo no cenário eleitoral de Mato Grosso do Sul em 2026, caso se confirme a federação com o Republicanos. Embora o partido já tenha declarado apoio à reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB), a aliança com o Republicanos promete devolver força política ao MDB, que vinha sendo preterido pelo grupo tucano liderado por Reinaldo Azambuja.

Atualmente, o PSDB busca concentrar suas alianças em no máximo três partidos, e o MDB, historicamente um dos maiores aliados, não está incluído nesta lista prioritária. Contudo, a soma das bancadas do MDB e do Republicanos — que juntos formarão a terceira maior da Assembleia Legislativa — pode garantir maior tempo de propaganda eleitoral e mais recursos para campanhas.

O MDB tem três deputados estaduais — Márcio Fernandes, Junior Mochi e Renato Câmara — enquanto o Republicanos é presidido por Antônio Vaz, que ocupa uma vaga na Assembleia. No entanto, há incertezas internas: a possível saída de Márcio Fernandes é dada como certa, enquanto Junior Mochi considera deixar a sigla, apesar de pressões para que permaneça. Renato Câmara deve continuar na composição por enquanto.

A relação entre MDB e PSDB, marcada por décadas de disputas internas, vive uma fase de reaproximação. O rompimento se aprofundou a partir de 2012, com embates em eleições municipais e estaduais que transformaram a aliança em rivalidade. Contudo, após as eleições de 2022, lideranças dos dois partidos decidiram retomar o diálogo para fortalecer a base aliada, com garantias de que o ex-governador André Puccinelli (MDB) não será candidato a governador em 2026.

O acordo foi costurado na casa da ministra Simone Tebet (MDB), que recuperou a aliança com Puccinelli após um período de afastamento, alinhando as forças do MDB para a disputa. A escolha do ex-senador Waldemir Moka para a presidência estadual do MDB e seu recente papel estratégico no governo estadual indicam o esforço pela unidade do partido.

Com essa movimentação, o MDB pode reconquistar relevância no jogo político estadual, impulsionado pela federação com o Republicanos, enquanto o PSDB segue na liderança da base governista em Mato Grosso do Sul.

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*Com informações Investiga MS